O mercado cambial está em movimento, e o dólar, uma das moedas mais observadas no mundo, está chamando atenção novamente. Desde o dia 22 de abril de 2025, a moeda norte-americana tem apresentado uma tendência de queda consistente no gráfico diário frente ao real, e muitos investidores estão se perguntando: essa queda é passageira ou estamos diante de uma reversão mais duradoura?
O cenário atual mostra um dólar perdendo força, com topos e fundos descendentes, o que tecnicamente caracteriza uma tendência de baixa. No gráfico diário, esse comportamento já dura vários pregões consecutivos, mostrando um claro enfraquecimento da pressão compradora. Essa tendência se mantém firme enquanto o preço da moeda estiver abaixo de um ponto-chave: R$5,83.
Esse nível de preço é importante por diversas razões. Primeiramente, ele funcionou recentemente como um ponto de congestão, onde o mercado encontrou resistência para continuar subindo. Ou seja, é uma região onde os vendedores historicamente ganharam força e impediram que o dólar avançasse. Por isso, para que o ativo volte a demonstrar força compradora e retome a tendência de valorização, será necessário romper esse patamar com volume e consistência.
Do ponto de vista técnico, um rompimento da resistência dos R$5,83 abriria espaço para uma nova pernada de alta. Poderíamos, inclusive, ver o dólar buscando patamares mais elevados, como R$5,90 ou até mesmo a casa dos R$6,00, dependendo do contexto macroeconômico. Mas enquanto esse rompimento não ocorre, o viés permanece de baixa, e o mais prudente é acompanhar os próximos movimentos com cautela.
Vale lembrar que o dólar é influenciado por uma série de fatores — desde decisões de política monetária nos Estados Unidos, até dados econômicos locais, como inflação, juros e fluxo cambial. No momento, o mercado parece estar precificando uma expectativa de estabilidade ou até afrouxamento monetário por parte do Fed, o que reduz o apelo do dólar como ativo de proteção.
Além disso, no Brasil, o avanço da taxa Selic ou sinais de responsabilidade fiscal também tendem a fortalecer o real, criando uma pressão adicional para baixo no par USD/BRL. Investidores institucionais e estrangeiros avaliam esses fatores cuidadosamente, e suas decisões podem acentuar ou reverter as tendências em curso.
Para quem acompanha o mercado, esse é um momento estratégico. Traders mais experientes estão buscando oportunidades de venda nas retrações, aproveitando o movimento descendente. Já os investidores mais conservadores seguem atentos aos desdobramentos macroeconômicos e esperam por sinais mais claros de reversão antes de tomar qualquer decisão.
O dólar está em tendência de queda desde 22/04 e só retomará a valorização se conseguir romper os R$5,83. Até lá, o cenário favorece a continuação da baixa, com possíveis correções pontuais. Fique de olho nos próximos pregões — o comportamento do mercado perto dessa resistência pode ser decisivo para os rumos da moeda nas próximas semanas.